Simone Carneiro da Silva


O ENSINO DE HISTÓRIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA É POSSÍVEL?


Atualmente o ensino de história como disciplina escolar no ensino fundamental, e médio tornou – se um grande desafio para os professores dessa disciplina. A História no contexto escolar ainda é vista pelos alunos como uma matéria difícil de estudar, em que predomina o exercício da cópia e reprodução, decorar e repetir datas e acontecimentos ditos importantes para a nação.

Algumas vezes nos deparamos com questionamentos dos alunos, para quê estudar História? O que eu quero saber sobre o que aconteceu a mais de 300 anos? Desconstruir essas falas e ideias já arraigadas pelos nossos estudantes não é tarefa fácil, exige do professor diálogo, argumentação e principalmente, inovação. No decorrer do primeiro semestre curso do Mestrado Profissional em História – ProfHistória fizemos uma revisão bibliográfica, em que foi possível observar o quanto as nossas práticas cotidianas tem levado os alunos a ter essas falas.

A nossa maneira de ensinar passa pela concepção que temos do que é a História, e como ela deve ser ensinada. Desde o seu surgimento no século XIX, a História como disciplina escolar e como ciência acadêmica passou por mudanças epistemológica e metodológica. A História nos dia de hoje é concebida de forma diferente do que foi no passado, a começar pelo positivismo, em que História era uma ciência objetiva, narrando os feitos dos Grandes Homens, cabendo ao historiador um papel de imparcialidade e neutralidade ao lidar com os documentos.

Nesse período considerava apenas os documentos escritos, (textos e documentos oficiais) como fonte histórica.  No entanto, no século XX, com Escola dos Annales, e mais tarde com a História Cultural, o historiador passou a considerar como fonte histórica tudo aquilo que lhe permite realizar a pesquisa.

Mas afinal o que são fontes históricas? Fontes históricas é todo vestígio deixado pelo homem que permite ao historiador realizar pesquisa, e produzir as narrativas históricas, a arte, fotografia, cinema, música, jogos eletrônicos, etc.

Ao compreender que a disciplina História e o Ensino de História passou por transformações quanto a sua concepção e metodologia, percebemos que é possível usar a tecnologia em favor da aprendizagem dos educandos, a partir do planejamento do professor, que deixa de exercer a função de transmissor de conhecimento, tornando – se um mediador de aprendizagens significativas para os educandos.

Nessa perspectiva podemos utilizar a tecnologia, os aparelhos eletrônicos e as mídias digitais nas aulas de História, pois a sociedade está em constante transformação, e os educandos recebem diariamente inúmeras informações, que dependendo do direcionamento do educador poderá transformar informação em conhecimento.

Alguns autores nos ajudam a pensar o ensino de História a partir da inserção de fontes para o ensino de História, entre eles destacamos Knauss (2008), Cardoso e Mauad (1997), Souza (2012), Sibila (2012), e Molina (2008) incentivando os educandos a serem produtores de conhecimento.

Para Knauss (2006) “a História como disciplina tem um encontro marcado com as fontes visuais”. Além de Knauss outros autores propõem que o estudo de História e a produção textual possam ser estudados a partir das fontes visuais.

Ciro Flamarion Cardoso e Ana Maria Mauad escreveram que todos os vestígios do passado são considerados matéria para o historiador, incluindo novos textos, pintura, o cinema, e a fotografia são fontes dignas de fazer parte da história.

Ao considerar a existência de outras fontes históricas para a escrita e o ensino de história, o filme pode ser usado como uma metodologia de ensino inovadora, ele é uma ferramenta importante para se trabalhar com os alunos diferentes assuntos, ou seja, história pode ser ensinada Souza (2012) observa que os educandos aprendem “pelos olhos e não somente pelos ouvidos”.  

“A possibilidade de dar vida à história, de reconstituir grandes épocas e eventos, também empolgou educadores, que viram nas imagens em movimento uma possibilidade de contribuir de forma decisiva para o ensino, especialmente de História”. (MOLINA, p. 71)

Os filmes históricos são artefatos culturais complexos e contribuem para diferentes leituras e olhares sobre o passado, a partir da compreensão de determinados acontecimentos, pois ele atinge as pessoas de diferentes maneiras, produzindo conhecimento histórico.

No entanto, é necessário observar que o filme não é neutro, e sua narrativa é produzida por alguém que também não é neutro e nem imparcial, precisa ter cuidado de não crer ou fazer os alunos crerem que o filme conta a “verdade” sobre determinado acontecimento ou período.

Assim como em um texto escrito faz se necessário questionar os fatos ali contidos, deve ser analisado por meio de uma leitura histórica, sendo o próprio filme objeto de reflexão e estudo.

Além do filme temos a fotografia que permite ao historiador desvendar as várias mensagens de uma época, dos costumes e culturas do período em que foi produzida. Ao observar a fotografia percebe – se que ela é uma representação do real, permitindo ao aluno elaborar conceitos e aprendizagens a partir de uma imagem, sendo ela física ou virtual.

Como observa Molina (2012) a utilização das imagens em sala de aula, tem função de motivar os alunos a elaboração de conceitos, transformando – a num objeto capaz de despertar o interesse dos alunos e facilitar a aprendizagem e o conhecimento histórico.

“Nessa perspectiva, propor olhar para fora da sala de aula é propiciar que os alunos aprendam a ir além, a apreciar as imagens, interpretando – as e analisando sua produção, mensagens e sua inserção na vida cotidiana, dotando de significados, também, o ensino de História e os saberes que circulam no espaço da sala de aula”. (MOLINA, p. 133)

Também podemos citar as mídias digitais como fonte histórica e metodologia de ensino. A internet representou a possibilidade dos alunos a uma variedade de informação com rapidez, transformando a sociedade letrada em sociedade digital.

Embora a internet trouxesse avanços relacionados ao acesso rápido as diversas formas de comunicação e informações, as escolas não acompanharam com a mesma rapidez esse processo, não se adequaram aos usos das tecnologias e mídias digitais. Paula Sibila (2012)  em seu texto – O desmoronamento do sonho letrado: inquietação, evasão e zapping aborda a questão do desinteresse, e evasão escolar relacionada a falta de inovação no uso das metodologias de ensino.

Outra alternativa que pode ser utilizada como metodologia inovadora são os jogos digitais, essa ferramenta ainda é pouca incentivada nas escolas, tanto pela dificuldade dos professores relacionados ao domínio das tecnologias como no controle do que os alunos estão acessando, os jogos permite aos alunos aprenderem brincando, compreendendo os processos históricos, localização geográfica, regras e leis de determinada sociedade que está sendo representada nos jogos.

Diante das possibilidades do uso de diferentes fontes e metodologias para o ensino de História, cabe ao professor ter consciência da sua função e do seu papel enquanto mediador do conhecimento e ter claro os objetivos e resultados de aprendizagem que busca alcançar com os seus alunos.

O professor de história no contexto do ensino fundamental e médio é um agente de transformação da sociedade em que vive, buscando sempre alternativas para o ensino de História, pois concorrer com toda essa modernização tecnológica não tem sido tarefa fácil, exige inovação não só das metodologias, mas da postura profissional. Formando e informando se constantemente.

Ao estudar os textos da disciplina Narrativa, Imagem e construção do fato histórico, comecei a questionar a minha prática como professora de História em que atuo há 12 anos na Escola Municipal “Três de Novembro”, do município de Santa Rita do Trivelato – MT, principalmente no que refere ao uso das tecnologias e jogos eletrônicos em sala de aula, pois pelo Regimento Escolar, é proibido o uso do aparelho celular na escola, exceto para fins escolares.

 Numa turma do 9º ano vespertino realizei com os alunos a experiência de utilizar na aula um jogo de Playstation sobre a Segunda Guerra Mundial, no início foi estranho ver os alunos jogando na sala de aula, mas por outro lado, percebi o quanto os alunos se envolveram e a partir do jogo fizemos uma roda de conversa e socialização dos conceitos aprendidos, a avaliação dessa atividade foi positiva, mas não foi uma adesão de 100% da turma, alguns alunos não conhecem o Playstation e por isso não participaram do jogo.

O grande desafio apresentado para os professores do século XXI a partir das leituras realizadas vai além do uso das tecnologias e das diferentes fontes históricas, o desafio é superar o medo e arrogância, medo no sentido de tentar inovar e não conseguir alcançar os objetivos de aprendizagem e o desenvolvimento da consciência histórica em nossos alunos, e a arrogância de acreditar que o seu trabalho é bom e não precisa inovar.
































Referências

Simone Carneiro da Silva, mestranda do Programa Mestrado Profissional em Ensino de História – ProfHistória, Campus de Cáceres – Unemat, 2018/1º.

KNAUSS, Paulo. Aproximações disciplinares: história, arte e imagem. Anos 90: Porto Alegre, UFRGS, 15(28): 151-168, dez, 2008.

MOLINA, Ana Heloisa. Imagens como documentos – professores, alunos e o ensino e aprendizagem de História: uma relação complexa. Textura Revista de Educação, Ciências humanas e Letras da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Canoas/RS: Editora UNESC, n. 17, jan./jun.2008, pp. 121 – 134.

CARDOSO, Ciro & MAUAD, Ana Maria. História e Imagem: o caso da fotografia e do cinema. In: CARDOSO, Ciro e VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1997, p. 401-417.

SOUZA, Éder Cristiano de. O uso do cinema no ensino de História: propostas recorrentes, dimensões teóricas e perspectivas da educação histórica. ESCRITAS: Revista do Curso de História de Araguaína, vol. 4, p.70-93. Universidade Federal Tocantins, 2012.

SIBILA, Paula. O desmoronamento do sonho letrado: inquietação, evasão e zapping. In: SIBILA, Paula. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012, p. 63-92.


68 comentários:

  1. Prezada,

    Você fala sobre esse tal, eu posso dizer que sim. Vi que dissestes da dificuldade do uso da TIC por aqueles que não tem intimidade com ela, mas, acredito que hodiernamente a tecnologia veio e veio para ficar. Muito embora, não devemos nos iludir em achar que ela resolverá o problema do ensino-aprendizagem, mas ela traz um novo viés da instigação, da descoberta, do lúdico pelo alunado, sendo assim, acho que é totalmente viável sua utilização no século XXI. Queria te perguntar, sobre a utilização da gameficação como perspectiva para o ensino de história no século XXI?

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    2. Boa noite João Ferreira Sobrinho Junior,
      acredito que a utilização dos games se trabalhado com seriedade pelos educadores terá a uma avaliação positiva no e para o ensino de história no século XXI.

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  2. Prezada,

    Você fala sobre esse tal, eu posso dizer que sim. Vi que dissestes da dificuldade do uso da TIC por aqueles que não tem intimidade com ela, mas, acredito que hodiernamente a tecnologia veio e veio para ficar. Muito embora, não devemos nos iludir em achar que ela resolverá o problema do ensino-aprendizagem, mas ela traz um novo viés da instigação, da descoberta, do lúdico pelo alunado, sendo assim, acho que é totalmente viável sua utilização no século XXI. Queria te perguntar, sobre a utilização da gameficação como perspectiva para o ensino de história no século XXI?

    Joao Ferreira Sobrinho Junior

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    2. osé Gilberto Targino de Medeiros é fundamental o aperfeiçoamento dos professores no uso das TICs, aqui no Estado de Mato Grosso já tivemos essa experiência, no entanto, além dos cursos de informática precisa de uma mudança na mentalidade dos educadores, uma aula usando as TICs embora parece fácil exige de nós conhecimento e organização.

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  3. Muito pertinente sua colaboração, Simone.
    Na prática docente, é de suma importância que os professores reflitam sobre sua abordagem metodológica, adequando-a às especificidades de aprendizagem de seus alunos e instigando-os a participarem ativamente no processo de ensino.
    Nesse sentido, as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) proporcionam ao professor uma série de ferramentas com potenciais educativos. No ensino de História, a tecnologia contribui positivamente para aproximar os alunos do objeto de estudo (no seu relato, a Segunda Guerra Mundial).
    Entretanto, quais seriam os cuidados necessários que os docentes deveriam considerar para operacionalizar atividades com a inserção de ferramentas digitais e tecnológicas no âmbito do ensino de História?

    Taís Cristina Melero.

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    3. Taís acredito que um dos cuidados é ter um planejamento com objetivos de aprendizagem definido, ser consciente que os jogos eletrônicos bem como os demais recursos são importantes, no entanto, faz se necessário um diálogo com os educandos no sentido de esclarecer que as ferramentas utilizadas tem propósitos, não sendo utilizada sem planejamento prévio, e ao utilizar as ferramentas digitais os coordenadores e diretores devem ser comunicados. Um outro cuidado importante é trabalhar com os alunos que todo material sendo ele impresso, visual ou auditivo não contém uma única verdade, podendo eles serem objetos de pesquisa também.

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  5. Boa noite, Simone.
    Você fala em seu texto sobre o uso de tecnologia. Quais os recursos tecnológicos você usaria em sala de aula? Como você acredita que se dá o processo de ensino e aprendizagem por meio destes?

    Cleni Lopes da Silva

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    3. Cleni, no caso das minhas aulas utilizei o jogo do playstation que me apresentado por um aluno da turma, sentei com ele para compreender o jogo, nesse ano tive conhecimento de outra ferramenta que estamos em fase de teste que é o Google sala de aula, onde a partir do planejamento podemos realizar as atividades por meio do ambiente virtual, acompanhar o desenvolvimento de tarefas pelos educandos. Outro recurso que estamos experimentando na minha escola é o QRCode, trabalhando pequenas tarefas por meio do uso do celular. Como já observado pelo João Ferreira Sobrinho Junior somente a introdução das TICs no ensino de História não é a solução, mais a interação educador-educando-tecnologia poderá proporcionar aprendizagem para os educandos, mas observei que não é 100% para todos os alunos de uma turma.

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  6. Boa tarde

    É muito importante o uso de tecnologias em sala de aula. Você acha que deveria ser ofertado um curso para professore em especial da rede pública que trabalham com um número maior de alunos, para que possam instruir melhor os alunos, alguns até que não tem familiaridade com o uso de computadores ou acesso a internet?!

    Att
    José Gilberto Targino de Medeiros

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    1. Boa noite,
      José Gilberto Targino de Medeiros é fundamental o aperfeiçoamento dos professores no uso das TICs, aqui no Estado de Mato Grosso já tivemos essa experiência, no entanto, além dos cursos de informática precisa de uma mudança na mentalidade dos educadores, uma aula usando as TICs embora parece fácil exige de nós conhecimento e organização.

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    4. José Gilberto Targino de Medeiros é fundamental o aperfeiçoamento dos professores no uso das TICs, aqui no Estado de Mato Grosso já tivemos essa experiência, no entanto, além dos cursos de informática precisa de uma mudança na mentalidade dos educadores, uma aula usando as TICs embora parece fácil exige de nós conhecimento e organização.

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  7. Gostaria de iniciar parabenizando o texto, sucinto e com uma visão pessoal.
    É extremamente prazeroso ver os alunos empolgados com os conteúdos e a disciplina, como relatado em sua experiência usando o videogame para abordar a Segunda Guerra Mundial.
    As Tecnologias da Informação e Comunicação chegaram e se desenvolveram com extrema rapidez, se os alunos da geração passada já se sentiam pouco estimulados nas aulas tradicionais, os de agora mais ainda, imagino como será ensinar para essa geração de crianças que com três anos botam vídeos no youtube e baixam jogos no celular.
    Formar indivíduos críticos com noção histórica sempre foi um desafio e vejo as TICs como ferramentas facilitadoras para o ensino e, assim, também para a disciplina de história, é preciso falar a mesma língua dos jovens para poder ensiná-los, contudo, ainda encontramos professores que se negam a aprender a usar as TICs, gostaria de saber, na sua opinião, qual medida o governo pode tomar para contribuir para a solução desse problema?

    Ana Clara Fernandes da Costa

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    1. Boa noite,
      Ana Clara Fernandes da Costa, esse é um problema grave, penso que nós educadores precisamos mudar nossas atitudes e para isso a se faz necessário a mudança de pensamento, geralmente cobramos do governo medidas ou soluções para ações que partem muito mais da nossa postura do que propriamente de ações governamentais. O que o governo poderia fazer para contribuir seria criar uma "plataforma" ou um site público contendo os jogos pedagógicos, e cursos de formação para os professores ditos "leigos" em tecnologias.

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    3. Ana Clara Fernandes da Costa, esse é um problema grave, penso que nós educadores precisamos mudar nossas atitudes e para isso a se faz necessário a mudança de pensamento, geralmente cobramos do governo medidas ou soluções para ações que partem muito mais da nossa postura do que propriamente de ações governamentais. O que o governo poderia fazer para contribuir seria criar uma "plataforma" ou um site público contendo os jogos pedagógicos, e cursos de formação para os professores ditos "leigos" em tecnologias.

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  8. Olá Simone!
    Primeiramente, achei a proposta do seu texto muito importante para o professor, não apenas de História. É uma reflexão que todo docente deve fazer ao longo do exercício de sua função.
    Olhando sua bibliografia notei a falta de um autor chamado José Moran. Não sei se conhece suas publicações, mas tenho certeza que, caso não conheça, se ler vai enriquecer ainda mais suas reflexões.
    Fazer da sala de aula algo mais que um triste espaço de imposição de conteúdo é de suma importância, bem como se nota em seus escritos. Trazer metodologias que tirem os alunos da inercia é algo fundamental para que o professor consiga uma aula bem produtiva.
    Nesse sentido gostaria de saber o seguinte: em suas pesquisas você faz uma abordagem sobre um Jogo de Playstation, que a meu ver inova e, com certeza, chama muito a atenção dos alunos. Após a realização das atividades da turma com o Jogo, qual critério que você utilizou para avaliar aqueles que não se envolveram nessa atividade por desconhecer do Playstation? Qual foi a principal mudança ou como melhor puderam entender ou pensar o contexto histórico em questão?
    Desde já, parabéns pela pesquisa.

    Marlon Teixeira de Faria

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    1. Boa noite,
      Marlon Teixeira de Faria, obrigada pela sugestão da bibliografia, a avaliação aconteceu por meio do diálogo, pois para realizar o jogo trabalhamos o conteúdo por meio de uma pesquisa utilizando o livro didático e pesquisa no laboratório da escola, após o jogo, refizemos o percurso do que havia sido estudado por meio da pesquisa, pois os alunos da turma em questão pertencem a uma realidade diversa, alunos da zona rural, alguns sem acesso a energia elétrica, enfim eles não poderiam ser penalizados, depois do diálogo a partir da pesquisa os alunos construíram suas narrativas sobre o período em questão.Houve por parte dos alunos uma avaliação positiva.

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    3. Marlon Teixeira de Faria, obrigada pela sugestão da bibliografia, a avaliação aconteceu por meio do diálogo, pois para realizar o jogo trabalhamos o conteúdo por meio de uma pesquisa utilizando o livro didático e pesquisa no laboratório da escola, após o jogo, refizemos o percurso do que havia sido estudado por meio da pesquisa, pois os alunos da turma em questão pertencem a uma realidade diversa, alunos da zona rural, alguns sem acesso a energia elétrica, enfim eles não poderiam ser penalizados, depois do diálogo a partir da pesquisa os alunos construíram suas narrativas sobre o período em questão.Houve por parte dos alunos uma avaliação positiva.

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  9. Simone Parabéns!

    Considero as TIC's muito importantes no âmbito da inclusão social, uma vez que estas permitem acesso mesmo que de maneira virtual à conteúdos que muitas vezes os educandos com baixo poder aquisitivo não poderiam acessar. Recentemente realizei um trabalho sobre os museus virtuais e como estes nos permitem tornar mais tangível esta historia que as vezes no livro didático é tão distante para o aluno. Você enxerga este potencial inclusivo na tecnologia?

    Marcos Vinicius de Andrade Gomes

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    1. Boa noite,
      Marcos Vinicius de Andrade Gomes, obrigada pela contribuição, embora eu ainda tenho algumas limitações tecnológicas acredito que sim, e estamos cada vez aderindo a essa proposta.

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    3. Marcos Vinicius de Andrade Gomes, obrigada pela contribuição, embora eu ainda tenha algumas limitações tecnológicas acredito que sim, e estamos cada vez aderindo a essa proposta.

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  10. Muito interessante Simone, parabéns.
    Seu texto mostra que após a atividade, com o jogo, houve a roda de conversa, gostaria de saber como foi a participação dos alunos nessa etapa a aula?

    Ricardo Rocha Balani

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    1. Boa noite,
      Ricardo Rocha Balani, houve participação da maioria dos alunos, apenas duas alunas não se manifestaram, no entanto, essa aula produziu um resultado melhor do que eu esperava, no sentido de que alguns alunos depois dessa aula passaram a se envolver, outro aspecto que considero significativo foi o olhar deles para as fontes, pois ao trabalhar o jogo, trabalhamos também que o jogo é uma construção subjetiva, podendo ser questionado e comparado a outras fontes.

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    3. Ricardo Rocha Balani, houve participação da maioria dos alunos, apenas duas alunas não se manifestaram, no entanto, essa aula produziu um resultado melhor do que eu esperava, no sentido de que alguns alunos depois dessa aula passaram a se envolver, outro aspecto que considero significativo foi o olhar deles para as fontes, pois ao trabalhar o jogo, trabalhamos também que o jogo é uma construção subjetiva, podendo ser questionado e comparado a outras fontes.

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  11. Olá Simone, compartilho aqui com os demais participantes, seu texto tem uma abordagem ampla e rica pelo relato de experiência. A minha questão vai de encontro com o que foi perguntado por José Gilberto Targino de Medeiros. Considerando a ampliação do uso das TICs em sala de aula, a inclusão dessas discussões e práticas em alguns cursos de licenciatura, e a já familiaridade dos alunos das licenciaturas no uso cotidiano das tecnologias digitais, há um número grande de profissionais que estão ainda em sala de aula (e ao que parece permanecerão ainda por algum tempo), mas que não tiveram no seu processo de formação qualquer preparação quanto ao uso das tecnologias. Então como é possível aproximar os professores do chamado "modelo tradicional"para o mundo virtual, sem que eles percam seu encanto, seu conhecimento, suas experiências?
    Parabéns pelo seu trabalho!

    Cláudia Cristina do Lago Borges

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    1. Cláudia Cristina do Lago Borges, toda mudança não é simples, quando fui desafiada por um dos meus alunos me senti incomodada, então como professora do ensino fundamental anos finais e falando a partir do grupo de professores que pertenço, vejo que há resistência por parte dos professores "tradicionais" alguns por medo de perder o domínio da sala, pois um jogo na durante a aula causa algumas agitações nos educandos, talvez o primeiro passo é querer fazer algo diferente aventurar - se, e outro ponto é acreditarmos que já somos bons no que fazemos e não buscarmos aperfeiçoar. É fundamental a educação tecnológica para os educadores.

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    3. Cláudia Cristina do Lago Borges, toda mudança não é simples, quando fui desafiada por um dos meus alunos me senti incomodada, então como professora do ensino fundamental anos finais e falando a partir do grupo de professores que pertenço, vejo que há resistência por parte dos professores "tradicionais" alguns por medo de perder o domínio da sala, pois um jogo na durante a aula causa algumas agitações nos educandos, talvez o primeiro passo é querer fazer algo diferente aventurar - se, e outro ponto é acreditarmos que já somos bons no que fazemos e não buscarmos aperfeiçoar. É fundamental a educação tecnológica para os educadores.

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  12. A construção coletiva do conhecimento é algo que tem sido posto nas escolas e essa aplicação necessita incluir o aluno no processo de ensino-aprendizagem, como seria essa inclusão em sala de aula no ensino de história dessas tecnologias?

    Att, Aline Gonçalves Cedeçari Silva

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    1. Boa noite,
      Aline G. C. Silva, esse é um desafio que temos que enfrentar, considerando a condição financeira dos nossos educandos, dos recursos que temos nas escolas, da internet que em lugares distantes como o caso da escola em que trabalho é muito ruim, no entanto, isso não pode ser usado como desculpas para não tentarmos algo diferente, o celular em alguns casos é uma alternativa, os laboratórios escolares, etc. O importante é que cada educador a medida de suas possibilidades possam planejar e executar o seu planejamento.

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    3. Aline Ginçalves Cedeçari Silva, esse é um desafio que temos que enfrentar, considerando a condição financeira dos nossos educandos, dos recursos que temos nas escolas, da internet que em lugares distantes como o caso da escola em que trabalho é muito ruim, no entanto, isso não pode ser usado como desculpas para não tentarmos algo diferente, o celular em alguns casos é uma alternativa, os laboratórios escolares, etc. O importante é que cada educador a medida de suas possibilidades possam planejar e executar o seu planejamento.

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  13. Olá Simone. Gostei de seu texto que traz reflexões importantes sobre o uso das novas tecnologias na sala de aula. Compactuo com você nessa forma de pensar mudanças metodológicas para o ensino e aprendizagem da história. Quando você cita que os alunos jogaram no PlayStation a II Guerra Mundial, eles o fizeram antes ou depois de terem estudado os acontecimentos dessa guerra? Abraços

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    1. Boa noite,
      Rutemara, eles fizeram a partir de uma leitura prévia dos assunto, por meio de pesquisa realizada tanto no livro didático como na internet.

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    3. Rutemara, eles fizeram a partir de uma leitura prévia dos assunto, por meio de pesquisa realizada tanto no livro didático como na internet.

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  14. Olá Simone. Primeiramente parabéns pelo seu texto, e é a tecnologia hoje veio para auxiliar no ensino, mais uma ferramenta a ser utilizada para uma melhor aprendizagem, gostaria de saber qual foi a solução tomada na atividade em que realizou utilizando jogo eletrônico na qual nem todos os alunos eram conhecedores?

    Felipe de Oliveira

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    1. Boa noite,
      Felipe de Oliveira, foi feito uma roda de conversa, e retomamos a leitura da pesquisa realizada, e em seguida a produção das narrativas sobre a Segunda Guerra Mundial, procurei analisar o porque não houve participação dos educandos.

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    3. Felipe de Oliveira, foi feito uma roda de conversa, e retomamos a leitura da pesquisa realizada, e em seguida a produção das narrativas sobre a Segunda Guerra Mundial, procurei analisar o porque não houve participação dos educandos.

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  15. Olá Simone! Primeiramente parabéns pelo seu texto. Gostaria de questiona-lá: a escola tem que se adequar às novas tecnologias, na sua concepção? Tem de ser uma aceitação ou uma imposição? Tem de haver interesse dos alunos ou não? Se tem, o que impede? Para além disso; gostaria de lembra-lá que toda inovação constitui um assombro, de início: no momento em que surgiu o quadro e o giz isso era estranho. Ainda há quem o deteste, quem ache que tanto faz, e quem só da aula com ele. Funciona de maneiras variadas.
    Rafael Dalyson dos Santos Souza

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    1. Boa noite,
      A escola e nós e educadores temos que nos adequar as tecnologias, acredito que nenhuma metodologia dê certo por imposição, os alunos precisam ter um encantamento em relação ao tema proposto, talvez esse encantamento seja despertado por um jogo, por uma música, por um filme, etc, são tentativas que podem dar resultados.

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    3. A escola e nós e educadores temos que nos adequar as tecnologias, acredito que nenhuma metodologia dê certo por imposição, os alunos precisam ter um encantamento em relação ao tema proposto, talvez esse encantamento seja despertado por um jogo, por uma música, por um filme, etc, são tentativas que podem dar resultados.

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  16. Olá! Uma questão interessante é o grande desafio que apresenta para os educadores é com se adequar à essas mudanças?

    Juliana Nogueira

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    1. Boa noite,
      Juliana Nogueira para adequar a mudança é um longo percurso, exige de nós crença de que podemos avançar, que o ensino de história assim como a Educação está em constante transformação, e principalmente buscar fazer a diferença no ensino, como educadora penso em como melhorar a minha aula, se terei resultados positivos é uma grande e desafiadora questão, mais ficar sem tentar também não dá.

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    3. Juliana Nogueira para adequar a mudança é um longo percurso, exige de nós crença de que podemos avançar, que o ensino de história assim como a Educação está em constante transformação, e principalmente buscar fazer a diferença no ensino, como educadora penso em como melhorar a minha aula, se terei resultados positivos é uma grande e desafiadora questão, mais ficar sem tentar também não dá.

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  17. Olá Simone! O texto levanta questões que estão no cotidiano escolar, assim ensino e tecnologia devem mediar ações e reflexões entre alunos e professores.

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    1. Boa noite,
      José Humberto Rodrigues, sim acredito que é possível um ensino mediado pelas tecnologias.

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    3. José Humberto Rodrigues, sim acredito que é possível um ensino mediado pelas tecnologias.

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  18. Boa noite, o tema escolhido acredito ser pertinente e deve ser estudado mais a fundo. Minha reflexão e pergunta é a seguinte: O uso de novas tecnologias trouxe inúmeros benefícios para o ensino de história como para outras disciplinas, contudo nesse processo podemos perceber a fragilidade de professores frente a essas tecnologias. Como resolver essa ineficiência de muitos docentes que ainda preferem o ensino mais tradicional e como ajudar os mesmos a aderirem essas novas formas de ensinar?

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    2. Sander Fernando de Paula, a primeira questão que considero fundamental uma mudança de postura nossa enquanto educadores, ou melhor enquanto acreditadores, e nesse sentido não ficarmos esperando só cursos do governo, precisamos buscar por nossa conta também formação, eu também comecei a sair da minha zona de conforto denominado aula tradicional por meio do desafio de um aluno.

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