Cleni Lopes da Silva [2]


O ensino de história e seus desafios: perspectivas e concepções de ensino e aprendizagem de História


A História como disciplina tem sido o centro de discussões de historiadores/educadores a fim de apresentar a preocupação existente em relação à finalidade atribuída ao ensino dessa disciplina. Ensinar História não é decorar e reproduzir os conteúdos curriculares, mas relacioná-los com o espaço em que vivemos abrindo espaço para a pesquisa, o uso de temas e fontes diversificadas, o desenvolvimento da criticidade e a produção de novos conhecimentos, a fim de auxiliar na construção do cidadão e de uma identidade local/regional/nacional.

Ao longo dos séculos, a história tem enfrentado desafios para se firmar como disciplina e conquistar espaço nos currículos escolares. No Século XIX, segundo Mathias (2011) o ensino de história buscava retratar a verdade dos fatos, portanto prevalecia o estudo factual e documental da história de forma linear e progressiva, onde os personagens e acontecimentos eram escolhidos com o objetivo de fortalecer a identidade nacional.

Com a revolução de 1930, foi implantado o Ministério da Educação e Saúde que, assim como Colégio D. Pedro II que era a instituição que, até então, tinha o domínio sob os currículos e os métodos de ensino, era influenciado por concepções europeias. Assim, a História passou a ser disciplina obrigatória nos currículos escolares e a basear-se em: História Antiga, Medieval. Modena e Contemporânea, colocando a História do Brasil em segundo plano, a qual ganha destaque e torna-se uma disciplina autônoma, apenas no período da ditadura, objetivando uma consciência patriota com princípios da família, da pátria, da tradição e da nação.

Com o golpe de 64, ainda de acordo com Mathias (2011), ressurgi o ensino centrado na história europeia e na linearidade cronológica de ocorrências políticas, objetivando a segurança nacional e o desenvolvimento econômico, e a disciplina de história perde espaço para os Estudos Sociais. Sob a orientação do Estado, de forma acrítica, o aluno localiza e interpreta os fatos históricos.

Na década de 80, a disciplina de história passa a servir a sociedade a fim de preparar o cidadão para transformar a realidade do país em que vive, por meio de discussão de problemas reais, do cotidiano, a história começa a trabalhar estabelecendo crítica às diferenças de classes e conflitos da sociedade. Ademais, o aluno ao estudar e compreender que é sujeito histórico, desenvolve a consciência social e de classe e torna-se capaz de realizar transformações sociais e políticas. No século XXI, foram introduzidos na disciplina de História temas transversais como gênero e sexualidade. O aluno é instigado a pensar a história e a desenvolver conceitos, tendo a capacidade de compreender que aprender História é entender como ocorrem os processos de construção de uma sociedade.

No entanto, ainda se está distante de uma disciplina de história capaz de fazer com que o aluno tenha interesse em estudar os conteúdos do currículo escolar, uma vez que a História é apresentada aos alunos de forma descontextualizada e fragmentada. É preciso rever concepções e metodologias para que o ensino e a aprendizagem de história façam sentido para o aluno.

Desafios da atualidade a serem superados.
De acordo com Matozzi (2015) para se ter um ensino e uma aprendizagem de história significativas é preciso superar alguns desafios construídos, ao longo do tempo, como as concepções: a visão da história como reconstrução pura e simples da realidade e da historiografia como domínio da representação da história; a diferença entre história e interpretação; a ideia de que a informação está em sua totalidade nas fontes; a existência de fontes naturalmente históricas; a concepção de que os fatos podem ser explicados por fatos antecedentes que determinam por si só os subsequentes; e o uso da história para evitar os erros do passado.

A história não é a pura e simples verdade dos fatos históricos, pois tanto a história quanto a historiografia não são a realidade do passado, mas representações de eventos que já não existem mais, pois ocorreram em outra dimensão temporal e espacial. A história é um processo de construção social do conhecimento que não é pronto e acabado. O conhecimento histórico é construído por representações feitas pelo historiador que observa e analisa as fontes históricas com base nas próprias impressões e experiências, assim, por meio da sua atividade cognitiva atribui valor e significado aos eventos e fatos, produzindo, organizando e relacionando-os no tempo e espaço, e representando-os de forma discursiva. A reprodução discursiva serve de referência, por sua vez, a novas pesquisas sofrendo alterações como novas interpretações e versões. Nessa linha, Peixoto (2015, p.42) afirma que “o conhecimento histórico convive com o indeterminado, o indefinido e o diferenciado”, uma vez que as certezas são superadas, por exemplo, o átomo já foi considerado uma partícula invisível.

Dessa forma, a fim de construir essas representações do passado, o historiador faz suas investigações por meio de vestígios de atividades humanas que podem ser elementos materiais como utensílios ou imateriais como as danças que sobrevivem em uma cultura. Essas fontes servem como referência a outras produções.

Ainda de acordo com Matozzi (2015), as informações não estão contidas em sua totalidade nas fontes, pois ao analisá-las o historiador traz para essas as suas próprias inferências culturais, competência de leitura, de organização de dados e a capacidade cognitiva. Um vaso em uma exposição não é a história real do passado, mas uma representação de um fato histórico que foi analisado a partir das cognições do historiador que relaciona as suas experiências e concepções atribuindo-lhe valor histórico. Portanto, não há fontes naturalmente históricas.

Ao pensar em história como disciplina é preciso lembrar que esta perpassa os conteúdos dos livros didáticos, os quais não são suficientes para explica todo o processo de construção dos feitos e acontecimentos, além disso, há vários textos com diferentes interpretações do mesmo fato. Por isso, é preciso diversificar fontes e relacionar os conteúdos com a realidade do aluno. Problematizar o meio em que o aluno vive para partir do presente para passado buscando semelhanças, diferenças e permanências entre o passado e o presente, a fim de compreender a sociedade em que está inserido. O aluno não pode explicar a globalização a partir de um único fato anterior a este, mas por hipóteses, por investigações e relações com uma série de acontecimentos como o avanço tecnológico, a necessidade de importação de matéria-prima para a fabricação de determinados produtos e a organização econômica e política dos países.

A sociedade atual possui uma visão errônea em relação a alguns aspectos da organização social. O preconceito sofrido pelo índio e pelo negro é devido a concepções remanescentes da descoberta do Brasil e do período de escravidão, mas esses eventos são importantes, não para uma tentativa de corrigir erros do passado, mas para compreender o presente, o processo de formação da sociedade e o raciocínio histórico.

É importante ter clareza dessas concepções abordadas acima para que se consiga um distanciamento do ensino tradicional, visto pelos alunos como algo sem sentido, na medida em que trata de fatos do passado de forma descontextualizada. É preciso trabalhar com os alunos utilizando temáticas e fontes diversificadas, questionar os livros didáticos, confrontar os conteúdos relacionando-os com a realidade do aluno por meio de novos espaços, temáticas metodologias como o ensino-pesquisa. Peixoto discorre que o ensino-pesquisa “é o princípio organizador de todo o processo de ensino e aprendizagem” por meio da adoção de uma problemática do presente se parte para o passado na busca de dados, analisasse fontes e retorna-se para o presente com a elaboração de um novo conhecimento.

Também se pode considerar o uso inadequado do museu como um obstáculo a ser superado. Pacheco (2012) relata que os museus não devem ser vistos como espaços apenas de divertimento, pois são ricos em conhecimento. A visitação em um museu deve ser fundamentada com base em atividades que relacionem os conteúdos da sala de aula com os objetos em exposição e que os registros feitos durante a visita sejam utilizados para realizar debates e confrontar conteúdos na sala de aula fazendo do museu a extensão da sala de aula e vice-versa.

A concepção de linguagem que o docente tem também é importante para o ensino e a aprendizagem de história. Rocha (2006) discorre em ‘A Linguagem e o conhecimento no ensino de História: Alternativas Curriculares e Didáticas ‘ sobre a necessidade do professor em adaptar a sua fala a linguagem dos alunos, o mesmo deve utilizar uma linguagem clara e objetiva para facilitar o entendimento do conteúdo, podendo ser utilizado o emprego de analogias, metonímias, parodias, provérbios entre outras figuras de linguagem presentes na fala usual dos alunos.
Considerações finais
Ainda há muitos desafios a serem superados para que se tenha um ensino e aprendizagem de história efetiva. Hoje, no século XXI, escolas persistem em utilizar métodos tradicionais fazendo dos alunos meros receptores de informação, que decoram os conteúdos do livro didático apenas com a finalidade de ser aprovado na prova, sem interesse em pesquisar e buscar novos conhecimentos.

Entender a importância da disciplina de História para a formação de um cidadão consciente do papel que exerce dentro da sociedade só é possível a partir de boas práticas pedagógicas. O docente tem a capacidade de adaptar o currículo a necessidade dos alunos, implementando novos temas e metodologias, pois esse é produto resultante de escolhas, visões, e interpretações do profissional que o elabora.

Ao ensino de História não cabe a redução dos conteúdos em um único tópico temático, tampouco a reflexões acríticas e desarticuladas com outros contextos. Pensar nos indígenas é pensar não somente no período da descoberta do Brasil, mas refletir sobre as influencias dos índios na nossa cultura e na relação de formação desses com outros povos, assim, fugindo da história fragmentada e descontextualizada, tornando as aulas de História mais interessantes para o aluno que se torna protagonista do próprio aprendizado ao indagar, refletir e buscar novos conhecimentos.

Referências
Cleni Lopes da silva é aluno do mestrado de História na Universidade Federal do Rio Grande – FURG.

MATHIAS, Carlos Leonardo Kelmer. O ensino de História no Brasil: contextualização e abordagem historiográfica. História Unisinos, São Leopoldo, v. 15, n. 1, p. 40-49, jan./abr. 2011. Disponível em:
http:revistas.unisinos.br/index.php/historia/article/viewFile/959/163

PACHECO, Ricardo de Aguiar. O museu na sala de aula: propostas para o planejamento de visitas aos museus. Tempo e argumento: Revista do Programa de Pós-graduação em História, Florianópolis, v. 4, n. 2, p. 63 – 81, jul./dez. 2012. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index. php/tempo/article/view/2175180304022012063/2157

PEIXOTO, Maria do Rosário da Cunha. Ensino como pesquisa: um novo olhar sobre a História no ensino fundamental. Como e por que aprender/ensinar História. História e Perspectivas, Uberlândia, v. 53, p. 37-70, jan./jun. 2015. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/view/32765/17709

ROCHA, Helenice Aparecida Bastos. A Linguagem e o conhecimento no ensino de História: Alternativas Curriculares e Didáticas. SAECULUM – Revista de História, João Pessoa, n. 15, p. 86-96, jul./ dez. 2006. Disponível em: http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/11358/6472

25 comentários:

  1. Bom dia...
    Parabéns pelo trabalho. Sou aluno de Sociologia e seu texto me faz pensar: uma maior interdisciplinaridade entre as áreas de História, Sociologia, Filosofia, seria uma possibilidade de tornar essas disciplinas mais compreensíveis aos alunos? Interligar fatos históricos a concepções filosóficas ou a leituras sociológicas poderia deixar o conteúdo com mais sentido, os acontecimentos com mais "motivos"?
    Na verdade é um pouco retórico, pois acredito que sim, mas gostaria de saber seu posicionamento a esse respeito.

    Att

    Antônio Moisés Borges

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    1. Boa noite. Também acredito que sim, pois qualquer professor precisa ter conhecimentos que vão além dos conteúdos curriculares pertencentes a disciplina que ministra. A formação do professor de História, por exemplo, perpassa os conceitos históricos aprendidos na academia, pois o mesmo tem experiências ao longo da sua trajetória de vida, as quais são participe da formação pessoal e profissional do educador. Experiências vividas que geram saberes, dos quais o educador lança a mão para auxiliar no processo de aprendizagem.
      Fazer da História uma disciplina interdisciplinar ajuda o aluno a compreender melhor o ambiente em que vive, distanciando-o do ensino e da aprendizagem fragmentada, com conceitos sem sentido e datas decoradas.
      Cleni Lopes da Silva

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  3. Eu achei interessante esse posicionamento em adaptar o currículo a necessidade dos alunos, mas, quanto professores de História, como isso pode ocorrer com relação a adaptação do aluno perante tal conteúdo pré determinado no currículo escolar, embora sendo uma necessidade?

    Att; Maria Gabriela da Silva Lima

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    1. Boa noite. Por mais que os conteúdos sejam pré-determinados por meio do currículo escolar, o professor sempre tem uma certa autonomia na forma de trabalhar esses conteúdos. O educador pode fazer o uso de novas fontes históricas e trazer novas temáticas para dentro da sala de aula, a fim de que o aluno se senta próximo ao conteúdo. Dentre diversas possibilidades, por exemplo, o professor pode iniciar um dialogo a respeito da vida cotidiana do aluno, questionando-o sobre moda e alimentação para a partir dai, abordar o modo como se vestiam e se alimentavam os povos antigos e, assim, abordar as relações de comércio, economia e industria da história.
      Trazer textos que confrontem as ideias dos textos do livro didático para fazer o aluno pensar e questionar o conteúdo.
      usar recursos tecnológicos para realizar atividades como a produção textual colaborativas e debates em fórum, pois a linguagem tecnológica é a linguagem usual dos alunos do século XXI.
      Cleni Lopes da Silva

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  4. Olá

    Muito interessante.
    Na sua opinião quais são os maiores desafios para retirar a visão de que o ensino de história não é importante para os alunos?

    Att
    Wiliana Maiara do Nascimento

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    1. Olá! Acredito que um dos maiores desafios é a conscientização de que o Ensino de História não pode ficar preso aos conteúdos do currículo escolar, tampouco atrelado a obrigatoriedade do uso dos livros didáticos, que geralmente, apresentam o conhecimento histórico contido neles como a única verdade dos fatos.
      Além disso, também considero um grande desafio trazer para o entendimento, não só dos alunos, mas os cidadãos de modo geral, de que o passado interfere no nosso presente e em nosso futuro e que todos nós somos sujeitos históricos e, portanto, produzimos e mudamos a história.
      Cleni Lopes da Silva .

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  5. Olá! Acredito que um dos maiores desafios é a conscientização de que o Ensino de História não pode ficar preso aos conteúdos do currículo escolar, tampouco atrelado a obrigatoriedade do uso dos livros didáticos, que geralmente, apresentam o conhecimento histórico contido neles como a única verdade dos fatos.
    Além disso, também considero um grande desafio trazer para o entendimento, não só dos alunos, mas os cidadãos de modo geral, de que o passado interfere no nosso presente e em nosso futuro e que todos nós somos sujeitos históricos e, portanto, produzimos e mudamos a história.
    Cleni Lopes da Silva .

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  6. Boa noite
    Achei interessante seu posicionamento em relação ao ensino de História. Realmente, se nos atermos ao que é estabelecido a disciplina de História se torna um tanto desinteressante. Sou formada em História e trabalho em todos os níveis. No meu ponto de vista, principalmente no Ensino Fundamental I, deveria ser trabalhado algo que chamasse atenção dos alunos, que faça parte do seu cotidiano, porém isso não acontece. Até o ano passado, o conteúdo do quinto ano era História do Brasil, a partir desse ano não existe mais História do Brasil nos livros enviados pelo governo Federal. Atualmente no quarto e quinto ano o tema abordado é o mesmo ( Pré- História e História Antiga), sendo que este é o tema trabalhado nos sextos anos também. Na sua opinião, será que este tema que não atrai muito a atenção dos pequenos, sendo aplicado durante três anos seguidos não vai desmotivar ainda mais os alunos?

    Inês Valéria Antoczecen

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    1. Boa noite. Na minha opinião, com certeza irá desmotivar. No entanto, acredito que ao relacioná-los com temáticas recorrentes do cotidiano dos alunos é possível tornar os conteúdos um pouco mais interessantes. Talvez associar os hábitos dos sujeitos pertencentes a esses períodos da História aos hábitos do estudante possa ajudar.
      Outra questão a se pensar é trabalhar os mesmos conteúdos em ambas as séries com base em perspectivas distintas, por exemplo, durante um ano trabalhar a pré-História e a História Antiga com o foco na organização social fundamentada nas relações de trabalho. No ano seguinte, trabalhar os mesmos períodos a partir da perspectiva religiosa. Até mesmo porque não seria possível trabalhar toda a Pré-História e História Antiga em um único ano.
      Cleni Lopes da Silva

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  7. Concordo com sua colocação que o ensino de História deve ser uma reflexão do passado, estabelecendo uma relação com o presente, com o meio em que os alunos vivem, porém isso muitas vezes torna-se um pouco difícil por conta dos temas abordados nos livros didáticos. Em sua opinião, será que não seria uma alternativa o governo frisar a História Regional.No Ensino Fundamental I já era ensinado sobre a História do Paraná. Atualmente não há mais sobra a História do Paraná nos livros didáticos. Será que não é uma perda para nossos alunos a ausência da História do Paraná no currículo?

    Inês Valéria Antoczecen

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    1. Boa noite! Concordo com você. Acredito ser de extrema importância o aluno estudar a respeito da região em que vive. Mas é mais fácil o professor lançar mão de estratégias pedagógicas para abordar essa "História Esquecida" pelos livros didáticos do que esperar que os currículos sejam alterados.
      Apesar de não ser o ideal, o professor pode ao explicar eventos ou fatos Históricos dar pinceladas na História regional por meio de analogias. Ao falar a respeito de uma cultura agraria, um fato político ou um ritual religioso, por exemplo, comparar com a cultura da região em que o aluno vive.
      Não é a solução, mas é uma maneira de "falar" um pouco da cultura regional dentro da sala de aula.
      Cleni Lopes da Silva

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  8. Boa noite,
    Nos dias atuais o ensino de história passa por inúmeros desafios. Convivemos com alunos: desmotivados, más condições de trabalho, excessiva carga horária, falta de formação inicial e continuada, falta de apoio pedagógico, entre outras. Isso contribui para um sério prejuízo nas relações de ensino-aprendizagem na sala de aula. Sendo assim, de que forma deixar a disciplina mais atraente e fácil de ser compreendida, para que os alunos percebam significado no aprendizado da história?

    Mayra Ferreira Barreto

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    1. Boa noite Mayra. Como já mencionei anteriormente, penso que a principal maneira de tornar o ensino e a aprendizagem de História mais atrativos seja aproximar os conteúdos da realidade do aluno, desfragmentando os conteúdos e desconstruindo o estudo da História
      por períodos.
      Como discorre Cunha (1989, P.110.) em 'O bom professor e sua prática': "Tudo que é próximo, que é real para o aluno tem significado maior"

      Cleni Lopes da Silva

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  9. Boa tarde. Parabéns pelo texto. Gostaria de saber: quais táticas os professores de História podem está acionando para não cercear a sua prática docente às amarras do sistema brasileiro de educação?

    Raimundo Nonato Santos de Sousa

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    1. Boa noite! Trazendo para a sala de aula novos temas e materiais. A utilização de fontes diversificadas, escritas e de outra natureza, como música, filmes, danças, novelas, literatura, documentários, entrevistas com familiares, fotografia, entre outras, as quais fazem parte da vida social do aluno, bem como dialogar com temas transversais relacionando-os com os conteúdos curriculares, fazendo com que o aluno perceba que ele é um sujeito Histórico e, portanto, a História está presente em todos os espaço do ambiente em que o mesmo habita.
      Realizar uma autorreflexão a respeito da própria prática pedagógica e sobre as possibilidades de mudança.
      Cleni Lopes da Silva.

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  11. Maria Josilda Ferreira da Silva

    Boa noite Cleni, parabéns pelo texto.
    Acredito que os desafios que a História vem enfrentando dos séculos passados até os nossos dias, além dos tradicionais como você menciona, são as questões políticas partidarias que sempre viram a disciplina de História com empatia, pelo fato desta ser um conhecimento que luta por direitos, liberdade, igualdades sociais, entre outros tantos benefícios importantes para os cidadãos. Pensar nas Metodologias é extremamente importante, mas, como podemos trabalhar tantas informações Históricas com os estudantes da escola básica em apenas uma ou duas aulas por semana?

    Atenciosamente,
    Maria Josilda Ferreira da Silva

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Bom dia,. Realmente não é possível abordar todo o conteúdo em apenas duas aulas semanais, mas essa não é uma preocupação apenas dos docentes de História. Assim, é importante que o docente utilize a capacidade de escolhas para selecionar os eixos temáticos, por meio dos quais irá abordar os conteúdos em sala de aula, os quais vão possibilitar uma maior abrangência dos conteúdos e otimizando o tempo.
      Cleni Lopes da Silva

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    3. Boa noite Cleni, obrigada pela resposta.

      Maria Josilda Ferreira da Silva

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Texto excelente e muito necessário para desarticulação da maneira que se ensina história na sociedade atual. Nesse sentido, gostaria de saber como buscar associar as fontes diversificadas de forma que se construa um ensino com mais histórico. Porém, concordo com o que está no escrito, sem auxilio desconectado no museu por exemplo.

    Ana Lúcia Malta Nery dos Santos

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  14. Excelente texto, nos trás importantes reflexões acerca do ensino de História. Na sua opinião, atualmente, quais os maiores desafios do professor em sala de aula para conscientizar os alunos da importância do estudo de História para sua formação?

    Talita Taline da Mata Silva

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  15. Ótimo texto!
    Só uma pergunta. O quanto o autor atribui a ineficiência do ensino de historia à falta de diálogo entre os conhecimentos que circulam na universidade dentro dos meios escolares?
    Isto tendo em vista que as pesquisas e novas abordagens e, consequentemente, novos saberes históricos que se dão na academia não alcançam o ensino básico, bem como o restante da sociedade.

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