BREVE ESBOÇO TEÓRICO SOBRE O ESTUDO DOS USOS DO PASSADO NAS NARRATIVAS
MONOGRÁFICAS DE HISTÓRIA – UNIMONTES/MG
Este
projeto, mais amplo, busca investigar a cultura histórica e os usos do passado
na região norte de Minas Gerais, considerando as várias identidades sociais,
culturais e formas de se abordar o tempo, compreendidas como conteúdo da
experiência, medida de orientação e definição de ação/finalidade (Rüsen, 1994).
Nesta comunicação, apresentamos a primeira etapa do projeto a ser realizada,
que visa o levantamento, catalogação e análise dos procedimentos
teórico-metódicos da investigação, usos do passado e seus produtos finalizados
através de uma narrativa científica (a historiografia), vinculados à produção
discente do Departamento de História da Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes/MG).
A
Unimontes surgiu em 1963 como Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras – FAFIL
(primeira unidade de ensino superior do Norte de Minas Gerais), e se
transformou em autarquia estadual em 1989, com a denominação de Universidade Estadual de
Montes Claros. O curso de História iniciou suas atividades em 1967 e, em 1993,
com a aprovação da Lei Estadual 11.517, que estruturou a Unimontes, o curso
passou a integrar o Centro de Ciências Humanas. No ano 2000, aprovou-se um novo
Projeto Político Pedagógico, com a estruturação do curso resultando na
implementação de sua oferta também no município de São Francisco (desde 2002) e
na criação da Revista Científica Caminhos da História (ISSN 2317-0875). Também vinculado ao curso,
estão o Grupo de Pesquisa Gênero e Violência e, desde 2011, o Programa de Pós-Graduação
“Stricto-Sensu” em História (atualmente sob a coordenação da Prof.ª Dr.ª
Cláudia Maia).
Importante
ressaltar que os cursos de Graduação e Mestrado em História da Unimontes são
responsáveis em grande parte pela formação acadêmica e técnica de muitos
profissionais que atuam na região, que se dedicam à educação básica e a
diversas instituições de pesquisa, guarda e divulgação do passado
histórico (como os museus, institutos de pesquisa e arquivos históricos).
Assim, considera-se fundamental iniciar a pesquisa pela análise das fontes e
objetos mobilizados, os conceitos e métodos aplicados, as articulações entre
ensino-pesquisa-extensão, os espaços ocupados, dentre outros aspectos, imersos
numa trama de relações da cultura histórica (em
suas dimensões estética, política, cognitiva, moral e religiosa),
reveladas aqui inicialmente pelos múltiplos usos do passado observados em tais
narrativas historiográficas.
A
inserção desta pesquisa no Projeto Político-Pedagógico do curso de História da
Unimontes se dá a partir da análise da “concepção de um curso superior adaptado
à realidade educacional brasileira e ao universo cultural, social e econômico
da região em que está inserido” (Unimontes, 2013, p. 13). Neste sentido,
apresento nesta comunicação os aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa iniciada
no ano de 2019, na expectativa de ampliar o entendimento sobre a temática, debater
aparatos técnicos e procedimentos definidos e direcionar novas perspectivas
analíticas.
Cultura histórica, usos do
passado
A pesquisa se estabelece a partir do eixo transversal dos
debates sobre o processo de formação, por aprendizado, da consciência
histórica. Neste sentido, dois âmbitos da “cultura histórica”, a Teoria da
história e o Ensino de história, orientados por uma didática da história, são
fundamentais porque constituídos como lugar de rigor crítico diferentemente de
outros espaços de reconstrução do passado. Para tanto, os pressupostos
teórico-metodológicos do historiador alemão Jörn Rüsen (1994; 2001; 2007; 2010;
2014) serão fundamentais.
No meio acadêmico
brasileiro, a recepção da teoria da História de Rüsen vem aumentando nas
últimas décadas, dando ênfase às suas contribuições sobre o enraizamento da
história no cotidiano, a compatibilidade entre método e sentido por meio da
narrativa histórica, as considerações das informações históricas presentes na
sociedade como influência ao pensamento histórico e a possibilidade de
pesquisas no ensino da história a partir das ideias dos próprios estudantes
(Oliveira, 2017; Schmidt, 2014). Conforme aponta Estevão Martins, através da
teoria da História de Rüsen é possível refletir sobre como “passado, presente e
futuro são fatores da cultura histórica, operados pela síntese ativa do agente
racional humano sob a forma de cenário, encontrado e produzido, da vida
concreta” (Martins, 2011, p. 51).
Em Rüsen, a categoria “cultura histórica” é definida para se
refletir sobre a relação que determinado grupo mantém com seu passado, não se
restringindo à historiografia, pois na “cultura histórica” se abarcaria
múltiplos agentes envolvidos em sua reflexão, elaboração, difusão,
representação, recepção, enfim, as diversas formas em que é pensada e
legitimada enquanto perspectivas de se abordar o tempo:
“la investigación
académica, la enseñanza escolar, la conservación de monumentos, los museos y
otras instituciones se contemplan y discuten, a pesar de sus recíprocas
demarcaciones y diferencias, como manifestaciones de una aproximación abarcante
y común al pasado. 'Cultura histórica' debe denominar este aspecto abarcante y
común. La 'cultura histórica' contempla las diferentes estrategias de la
investigación científico-académica, de la creación artística, de la lucha
política por el poder, de la educación escolar y extraescolar, del ocio y de otros
procedimientos de memoria histórica pública, como concreciones y expresiones de
una única potencia mental. De este modo, la 'cultura histórica' sintetiza la
universidad, el museo, la escuela, la administración, los medios, y otras
instituciones culturales como conjunto de lugares de la memoria colectiva, e
integra las funciones de la enseñanza, del entretenimiento, de la legitimación,
de la crítica, de la distracción, de la ilustración y de otras maneras de
memorar, em la unidad global de la memoria histórica” (in Rüsen, 1994, p. 2-3).
Em outras palavras,
por cultura histórica Rüsen se refere à maneira particular de se abordar
interpretativamente o tempo (aquela que resulta em algo como “história”),
enquanto conteúdo da experiência, produto da interpretação, medida de
orientação e determinação de finalidade/ação (Rüsen, 1994, p. 6). O estudo da cultura
histórica engloba, portanto, as várias formas de elaboração da experiência
histórica e sua articulação com a vida de uma comunidade, considerando que
agentes sociais diversos contribuem nessa elaboração e muitas vezes concorrem
entre si (Gontijo, 2014).
Apesar de
ressaltar que a produção científica da história não dá conta de todas as
carências de orientação dos sujeitos inseridos numa determinada cultura
histórica, Rüsen visualiza especificamente na reflexão científica deste
conhecimento uma base racional fundamental para abarcar a reflexão histórica
como orientadora da vida prática. Tal produção científica contém fatores
estéticos e retóricos fundamentais, que deveriam habilitar o saber, como
constructo cognitivo, a aplicar-se na vida prática. Porém, o que “precisa de
esclarecimento é como esse saber responde, aos pontos de vista especificamente
estéticos e políticos da orientação prática, com a pretensão de racionalidade
cognitiva própria à história como ciência” (Rüsen, 2007, p. 121).
A relevância
científica, intelectual, social, cultural, política, do conhecimento histórico
está vinculada à cultura histórica em que o indivíduo está inserido, a partir
da qual este compartilha e interage através de ideias, valores, comportamentos,
orientações, etc., presentes nessa cultura como operadora de critérios de
sentido. Daí a necessidade de analisar detidamente o que Rüsen definiu como a “função
racionalizadora da pragmática textual exercida pela teoria da história na
historiografia” (Rüsen, 2001, p. 46). Isso quer dizer que a historiografia é
parte integrante da pesquisa histórica, cujos resultados se enunciam na forma
de um “saber redigido”, dirigido aos interessados no conhecimento produzido
pelo “saber histórico” científico, que não somente informa como também orienta
temporalmente as ações presentes e futuras. Assim, uma justificativa para
realização desta pesquisa se encontra, justamente, no trabalho de reflexão a
ser realizado no âmbito das narrativas historiográficas, no intuito de
compreender, delinear e preservar “o progresso do conhecimento, obtido na
pesquisa, nas formas empregadas pela historiografia para transmitir os
resultados dessa mesma pesquisa” (Rüsen, 2001, p. 47).
Neste sentido, duas
questões se tornam fundamentais para se pensar tanto a formação acadêmica e
profissional dentro do âmbito universitário, quanto a produção científica
realizada neste espaço:
“o ambiente social e
cultural em que a história é pensada, produzida (como historiografia) e
ensinada; e também a repercussão da história na formação do pensamento, da
consciência e da cultura histórica, tanto dos estudantes dos sistemas escolares
quanto do público em geral, mediante a ilimitada diversidade de usos (e por
vezes de abusos) da história e da historiografia na cultura contemporânea” (in Martins,
2011 p. 57-58).
Rüsen define que a
Didática da História deve se preocupar com a cultura histórica, por se tratar
do campo de estudos que se ocupa justamente por tentar compreender as formas
pelas quais o conhecimento é tematizado e difundido, configurando formas de
pensamento sobre a história que estão no cerne de lutas culturais, políticas e
ideológicas. Para ele, a didática da história (tanto em sua matriz acadêmica e
escolar, como sua relação com a história não acadêmica) auxilia para uma
perspectiva reflexiva sobre a sociedade e o conhecimento histórico,
desempenhando um papel analítico sobre a própria ciência da história, agindo
como um recurso de autoconsciência desse campo (Rüsen, 2007). O autor define
uma matriz disciplinar elencando temas como a metodologia do ensino na sala de
aula, a investigação da função do acontecimento e da explicação histórica na
vida pública, o estabelecimento da finalidade da Educação Histórica (ou o que
se espera que o conhecimento histórico mobilize) e a investigação da natureza,
função e importância da consciência histórica, a partir da qual se dão conexões
temporais essenciais (passado, presente e futuro), num conjunto de operações
mentais que definem o pensamento histórico e sua função na cultura humana.
A vantagem teórica da
matriz proposta por Rüsen, segundo aponta Estevão Martins, é sua adaptabilidade
funcional à diversidade temática da pesquisa histórica, alcançando uma potencialidade
organizacional e explicativa universalizável: “a matriz compõe as três
perspectivas de abordagem adotadas por Rüsen: o pensamento histórico, a
constituição de sentido histórico e a produção técnica da narrativa
historiográfica” (Martins, 2016, p. 4). Como se observa, Rüsen busca uma
interpretação da práxis do pensamento histórico pela articulação de uma matriz
que torna possível seu entendimento.
Sobre
a matriz de Rüsen, Martin Wiklund afirma que o intuito de formular princípios
gerais de validade na ciência histórica é essencial para compreender a proposta
do pensamento histórico, a que se presta o pensamento histórico, ou porque há
simplesmente algo como o pensamento histórico. Assim, somente ao compreender o
interesse humano e a necessidade do pensamento histórico, e ao articular a
lógica do pensamento histórico com o mundo da vida, é possível compreender a
proposta ou “função do pensamento histórico e, como consequência, que tipo de
validade está em jogo quando narrativas históricas são avaliadas – dentro ou
fora da ciência histórica” (Wiklund, 2008, p. 30). Desta forma, as reflexões de Rüsen contribuem para o
crescimento e a autonomia da ação crítica de quem vive a história, de quem a
investiga, de quem a ensina, de quem a aprende em um processo contínuo de
tomada de consciência de sua própria historicidade.
Métodos e procedimentos de análise
De
acordo com levantamento realizado, temos aproximadamente 350 monografias no Campus Montes Claros e entre 140 e 160
monografias no Campus São Francisco.
No curso de História, a produção monográfica será onde o aluno (neste caso,
também autor) irá ter uma relação mais próxima com as fontes, pois será a
partir destas que ele problematizará questões a serem respondidas ao longo de
sua narrativa historiográfica. Durante a graduação, são trabalhadas diferentes
teorias, métodos, procedimentos, técnicas, para se produzir um discurso
histórico e trabalhar com as fontes/vestígios do passado, devendo determinada
teoria e método serem aplicados a monografia. Tais critérios precisam estar bem
definidos, para que a produção de uma narrativa esteja em acordo com os
domínios historiográficos estabelecidos.
Para
definição de critérios metodológicos na elaboração de um banco de dados,
realizamos a leitura de textos que auxiliam a formulação e catalogação dos
diferentes caminhos relativos aos domínios, abordagens e campos da História,
permitindo as análises das atividades de pesquisa, ensino e extensão
provenientes de tal instituição. A leitura de algumas obras fundamentais a esse
respeito permitiu que se formulasse um universo do campo historiográfico em
suas principais áreas (Cardoso e Vainfas, 1997; Freitas, 1997; Barros, 2004).
Outro grupo de pesquisas, que tiveram como objetivo realizar o levantamento das
produções de determinados Departamentos de História para fins variados (como
levantamento de perfil do curso, modificação de estrutura curricular, etc.) (Bentivoglio
e Santos, 2009; Noronha e Zahr, 2017), também foram fundamentais para a
definição do arcabouço procedimental/metodológico.
Algumas
variáveis a serem analisadas/catalogadas na pesquisa com as monografias são:
nome, título, ano de defesa e orientador da pesquisa; área do CNPq vinculada (Teoria da
História, Antiga e Medieval, Moderna e Contemporânea, Brasil, etc.); território/domínio
(cultural, econômico, político, social); abordagem (biografia, comparativa,
local, micro-histórica, regional, transnacional, etc.); campos de investigação
(ensino, memória, religião, sexualidade, arte, etc.); objeto investigado
(intelectuais, mulheres, povo/massas, ideias, etc.); fontes principais utilizadas
(manuscrita, impressa, literária, oral, digital, etc.).
Optou-se
por extrair no conteúdo dos resumos e introduções as principais questões
buscadas, ressaltando que tal informação necessita ser dada pela própria
pesquisa/autor, para que possamos definir as perspectivas e intenções
predominantes em sua narrativa. Conforme apontado por Bentivoglio e Santos
(2009), evita-se assim incluí-los em áreas/temáticas/abordagens que não sejam
de escolha explicitada por eles (embora nem sempre isso possa ficar muito
evidente). Além disso, ressaltamos que em muitas destas pesquisas pode ficar
clara determinada interface entre campos distintos (como a História Política
com a História Cultural), mas, conforme apontado, a narrativa estabelecida nos
dará o foco principal e preponderante da pesquisa analisada.
Considerações finais
As narrativas
historiográficas, provenientes da produção científico-acadêmica do curso de
História da Unimontes, ao narrar determinada sequência de situações, fatos,
eventos, abarca um contexto significativo de antecedentes e de consequentes, de
causas e de efeitos, de variáveis e de resultantes, organizando motivos,
razões, atos e resultados, explicando o ocorrido e antecipando possíveis
desdobramentos. Refletir, pois, sobre a narrativa historiográfica produzida no
interior de tal instituição traz a tona questões referentes à formação
profissional do historiador e de sua habilitação ao ensino, à organização das
práticas de ensino e dos conteúdos adotados, à produção dos meios de apoio ao
ensino e à difusão da história no meio escolar, dentre tantos aspectos
propostos e desenvolvidos pelo curso de História da Unimontes.
Portanto,
através da matriz do pensamento histórico de Rüsen, o intuito inicial desta
pesquisa é identificar e catalogar as produções realizadas por discentes no
curso de História da Unimontes/MG, suportes da cultura histórica produzida
neste espaço, buscando no campo de conhecimento da ciência histórica seu nível
teórico de reflexão: as concepções (perspectivas, categorias, teorias), métodos
(de elaboração da experiência do passado) e formas (da apresentação). Através
das narrativas historiográficas, portanto, visualizaremos a cultura histórica
presente no discurso semântico da simbolização, nas estratégias cognitivas da
produção do saber histórico e na estratégia estética da apresentação histórica.
Referências
Rafael
Dias de Castro é Doutor em História das Ciências pela COC/Fiocruz e Professor
Adjunto da área de Teoria e Metodologia da História, na Unimontes-MG.
BARROS, J.
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Vozes, 2004.
BENTIVOGLIO,
J.; SANTOS, M. P. Caminhos da pesquisa na graduação em História no Brasil: um
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CARDOSO,
C. F.; VAINFAS, R. Domínios da história.
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FREITAS,
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brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 1997.
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WIKLUND,
M. Além da racionalidade instrumental: sentido histórico e racionalidade na
teoria da história de Jörn Rüsen. História da Historiografia, nº 1, 2008.
Bom Dia Rafa, Legal te ver por aqui.
ResponderExcluirCara como sempre dialogamos sobre nossas pesquisas eu me apego muito ao aparato teórico do Certeau para justificar a necessidade de uma pesquisa como essa sobre a ótica de que precisamos construir uma identidade historiográfica para nossas universidades. Dai gostaria de saber se el algum momento você flertou com a ideia de usar perspectiva semelhante em seu trabalho, uma segunda observação é para o uso dos campos da historia do Barros como base para auxiliar na compreensão de quais são as estes campos da historia (social, econômica, politica...) eu recentemente passei a buscar tambem esta fundamentação no Flamarion e no Vainfas nos domínios e novos domínios da historia como você encherga a possibilidade de dialogo entre estes dois autores para a construção desta base.
Abração cara!
Marcos Vinicius de Andrade Gomes
Camarada Marcos, bom dia! Sempre bom receber seus comentários e manter nosso diálogo!
ExcluirBem, sobre suas questões muito pertinentes:
1 – Certeau é relevante para compreendermos os aspectos de produção, circulação e recepção dos textos acadêmicos produzidos. Do ponto de vista de uma “identidade historiográfica”, como você citou, me aproprio de questões colocadas por ele: “O que fabrica o historiador quando ‘faz história’ da história? Para quem trabalha? Que produz?”. Assim, tais questões norteiam não somente a análise sobre as produções acadêmicas do Departamento de História da Unimontes, como também me mantém alerta sobre minha própria atuação nesta análise.
No texto acima, devido ao espaço limitado, optei por elencar e realçar as questões vinculadas à cultura histórica (categoria fundamental em minha argumentação) e aspectos técnicos, realçando as variáveis a serem delineadas em minha pesquisa.
2 – Os autores que você citou, tenho observado, estão presentes em muitas análises dos TCCs: de José D’assunção Barros – O campo da História e O projeto de pesquisa em História; Domínios da História e Novos domínios da História, de organização de Vainfas e Flamarion. Além deles, em menor escala, encontro: Historiografia Brasileira em Perspectiva, de Marcos Freitas, e A história escrita, do Jurandir Malerba. Neste sentido, uma consideração importante a ser observada é o fato de que tais textos estão circulando e auxiliando na produção dos TCC’s, tornando-se aporte teórico (e em alguns casos, até mesmo metodológicos). Como afirmei em minha fala no SNHH na UFOP, ano passado, me importa menos analisar a coerência dos usos (algo que orientador e banca já o fizeram – e o TCC em análise já foi aprovado), do que analisar a circulação, produção e apropriação da historiografia por esses textos, instituindo assim uma cultura histórica acadêmica peculiar da instituição. Portanto, acredito ser importante ter como base de fundamentação das variáveis os principais textos que circulam em meio a tais produções.
Permaneço sempre aberto ao diálogo, meu caro! Abraço e obrigado pela colaboração!
Rafael Dias de Castro
Obrigado Rafael, sempre uma aula esses papos.
ResponderExcluirPrazer, sempre! Abraço!
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