AULA-OFICINA DE HISTÓRIA: PATRIMÔNIO NO ATO DE
FOTOGRAFAR
O presente texto é uma reflexão em torno do
trabalho desenvolvido no segundo
semestre de 2018, por nós alunos do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Ceará, e
bolsistas do programa Residência Pedagógica, na disciplina de estágio ação
educativa patrimonial, desenvolvemos um projeto na Escola de Ensino Fundamental
Profº José Afonso Ferreira Maia, com o tema Patrimônio e Comunidade. Utilizamos
o espaço de duas aulas/oficinas com culminância de uma exposição de
fotografias, intitulada “Patrimônios:
Valorizando as belezas do nosso sertão”.
A Escola no qual realizamos o ensaio situa-se no
município de Limoeiro do Norte - CE, cerca de 190 km da capital cearense.
Limoeiro do Norte está na microrregião do baixo jaguaribe, no vale do Jaguaribe,
o município conta com uma variedade de comunidades, muitas delas em zona rural.
A comunidade selecionada para o projeto foi a do Bixopá, cerca de 25 km da sede do município de
Limoeiro do Norte - CE, no local as famílias vivem do trabalho da agricultura,
da pesca e dos trabalhos voltados à produção de britas, artesanal. Tem poucos pontos de vendas/comércio. Podemos
perceber o local COMO cheio de simbolismo culturais populares, no qual, o
popular que aqui trabalhamos se volta a:
“O
"popular" não está contido em conjuntos de elementos que bastaria
identificar, repertoriar e descrever. Ele qualifica, antes de mais nada, um
tipo de relação, um modo de utilizar objetos ou normas que circulam na
sociedade, mas que são recebidos, compreendidos e manipulados de diversas
maneiras. Tal constatação desloca necessariamente o trabalho do historiador, já
que o obriga a caracterizar, não conjuntos culturais dados como
"populares" em si, mas as modalidades diferenciadas pelas quais eles
são apropriados.” (ESTUDOS HISTÓRICOS, 1995, P.
179-198)
Partindo da perspectiva acima podemos
caracterizar a comunidade no qual estamos trabalhando repleta de manifestações
culturais populares, com isso pudemos ajudar a despertar nos alunos um anseio
em entender patrimônio na perspectiva de suas vivências, sejam elas próprias ou
contadas pelos pais e avós sobre aquele lugar. Pensar patrimônio em todos os
sentidos, desde o histórico do que foi construído e dado uma importância até o
cultural onde tem as festividades religiosas e naturais deixando bem claro o
sertão onde aquela localidade se encontra.
A Escola de Ensino Fundamental Profº José Afonso
Ferreira Maia atende alunos desde a educação infantil até os anos finais do
ensino fundamental, conta com um núcleo gestor que, entende que a educação é
transformadora e libertadora, partindo
nessa perspectiva a escola possui projetos que incentive os alunos a lerem,
escreverem e atuarem na sociedade como sujeitos ativos. Entender o Ensino de
História como uma disciplina que capacita alunos a desenvolverem uma
criticidade em torno da sociedade, Leandro Karnal na organização da obra História na sala de aula nos traz o
teórico Holien Gonçalves Bezerra que nos apresenta o seu artigo sobre Ensino de História: conteúdos e conceitos
básicos , nos propõe uma reflexão em torno do ensino de História, onde, o
mesmo nos apresenta mecanismos que através do processo ensino aprendizagem o
aluno pode se apropriar de um olhar consciente em torno da sociedade:
“Ciente de que o conhecimento é provisório, o aluno
terá condições de exercitar nos procedimentos próprios da História:
problematização das questões propostas, delimitação do objeto, exame do estado
da questão, busca de informação, levantamentos e tratamento adequado da fontes,
percepção dos sujeitos históricos envolvidos…” (KARNAL, 2008, P. 42)
Buscamos dentro de um dos objetivos do nosso
projeto na turma do 6º ano abrir a possibilidade dos alunos a desconstruir a
ideia que Patrimônio se fecha a materialidade, fazendo eles perceberem que
podem definir as suas próprias histórias dentro do conceito. Na proposta de
inserir a iconografia como mediador do projeto, utilizamos da fotografia para
apresentar diversas formas de patrimônio, o que fez com o que o projeto se
tornasse lúdico e dinâmico dentro do processo ensino aprendizagem.
Neste momento em diante, passamos a descrever os
modos utilizados para o desenvolvimento das atividades na escola citada, a
partir de oficinas feitas com os alunos. No primeiro encontro, foi feita uma
oficina de conceitos, usada a partir de uma tempestade de ideias, onde a
explicação se dava pela a opinião e fala dos alunos. Os três conceitos:
História, Memória e Patrimônio, estavam ligados como palavras chaves, para o
desenvolvimento do aprendizado da temática, o trabalho buscava levar os
estudantes a um processo ativo de conhecimento e valorização de sua herança
cultural na tentativa de fazer com que eles também passassem a conhecer e a
preservar os bens, fortalecendo os sentimentos de identidade.
A primeira oficina, após explicar o que era
patrimônio, os alunos quando foram questionados, se onde eles moravam existia
algum, percebemos, que os alunos acreditavam que na sua comunidade não existia,
isso acontecia por conta da visão limitada sobre a temática, os alunos estavam
muito ligados, a questão material, e ainda em pensar que só em lugares grandes
é que se considerava patrimônio, O cristo redentor no Rio de Janeiro, foi muito
citado por eles, mas em nenhum momento eles falaram sobre a igreja da sua
comunidade, ou o açude que existia, de fato os tombamentos e registro são
apenas instrumentos políticos que o estado criou para reconhecer e proteger
alguns dos bens culturais que existe no nosso país, e talvez por não ter nenhum
tombamento na comunidade, os alunos via como se ali não existisse patrimônio,
contudo, antes do reconhecimento do estado, é fundamental que as comunidades,
consigam olhar para si e descobrir quais referências, práticas, símbolos,
rituais,compõem a história da comunidade, visto isso, continuamos, a tentar abrir
o leque de informações, e mostrar que patrimônio perpassa do material.
Ao propor que os alunos fossem em campo,,
sugerimos que eles fizessem fotos de si, ou seja, realizassem selfies, pedimos
para eles fotografarem o ambiente escolar, que remetesse a algum dos conceitos
explicados na oficina, deixamos eles fazer em grupo ou dupla, porque muitos não
tinham celular, e também disponibilizamos dos nossos aparelhos para eles.
Pudemos perceber que, a dinâmica com a proposta que remetesse a alguma
lembrança ou algum local da escola que fosse de afeto, tivemos retorno de
alunos que explicaram o porquê de determinada fotografia, uma delas disse que o
espaço da foto remete boas lembranças e que, era muito especial pois, era lá
que ela ficava com as amigas nos intervalos.
A segunda oficina, foi voltada para os
significados das fotografias, pois sabemos que nas fotos existem
intencionalidades, que trazem consigo mensagens, mostra como uma dada realidade
viveu, segundo os seus costumes, vestimentas e culturas, pensando em conversar
sobre isso com os alunos. Fizemos uma reflexão teórico-metodológico sobre a
fotografia, e indagamos sobre o que as fotografias significavam para eles, os
alunos falaram que as imagens podiam representar as suas vivências dentro da
suas respectivas comunidades, perguntamos ainda como eram as suas comunidades e
os ofícios que nelas continham e obtemos respostas sobre ter time de futebol,
costureiras, rezadeiras, enfim, foram descrevendo os patrimônios que ali
continham na perspectiva de suas interpretações. Estávamos sempre mostrando a
eles que nas comunidades existia patrimônio, que tinha história, e era a partir
da visão deles, que a exposição seria feita.
Depois das oficinas teóricas-metodológicas
partimos para a seleção das imagens tiradas pelos alunos a fim de montarmos a
exposição e assim concluir o que almejamos no início. Trabalhamos em torno dos
alunos a autonomia, eles escolheram o que para eles eram importantes destacar
como patrimônio. Ou seja é, necessário que enquantos bolsistas atuantes no
ensino básico nós trabalhássemos a autonomia dos alunos, claro, havia alunos
que resistiam aos moldes de não querer participar, pois sabemos que o ensino
ainda toma muito do tradicionalismo onde, o aluno ainda é passivo do processo
de ensino-aprendizagem. Mas, conseguimos atingir o objetivo de levá-los a
pensar de forma crítica e reflexiva em torno do conceitos que nós trabalhamos.
A exposição montada pelos alunos com as nossas
orientações, aconteceu e eles viram o resultado, levamos ao auditório, eles
viram as imagens que eles registram como patrimônio. Percebemos que no ato da
exposição os alunos ficaram maravilhados com o resultado. Conseguimos notar que
os alunos ao verem os locais que eles registraram em forma de painel, eles
puderam captar o sentido do patrimônio no qual trabalhamos, eles se viam e se
reconheciam como sujeitos que faziam parte da Histórias daqueles locais.
A exposição que se insere nesse relato foi mais
do que uma atividade que pudesse aperfeiçoar o ensino de História, a nosso ver,
ela se configurou em um reconhecimento identitário dos alunos e da comunidade
do Bixopá, é um trabalho que ajudará aos alunos um entendimento de quem são
eles, o que eles têm e qual é o valor desses sujeitos, contribuindo em romper
com o pensamento deles em pensar que a idéia de patrimônio se estabelece
distante deles, pois com a atividade da exposição, eles conseguiram notar
patrimônios em suas comunidades.
REFERÊNCIAS
Caroline Souza Silva graduanda em licenciatura
plena em História, cursando o sexto semestre, bolsista do programa residência
pedagógica HISTÓRIA-FAFIDAM-UECE.
Leandro Nogueira da Silva graduando em
licenciatura plena em História, cursando o sexto semestre, bolsista do programa
residência pedagógica HISTÓRIA-FAFIDAM-UECE.
Karnal, Leandro. História na sala de aula: conceitos,
práticas e propostas/ Leandro Karnal (org.) - 5.ed, 1ª reimpressão - São Paulo:
Contexto 2008.
Silva, Kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos
históricos/ Kalina Vanderlei Silva, Maciel Henrique Silva. – 2.ed., 2ª
reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2009.
Boa tarde. Agradeço por compartilharem suas experiências.
ResponderExcluirCom relação à discussão sobre "herança e identidade", talvez fosse interessante pensar em Raymond Willliams e o coceito de Ressignificação. Me parece que mais do que conhecer para valorizar e se sentir identitário, esse processo passa a ser de ressignificação.
Na primeira citação que vocês fazem, qual é o autor que publicou na Revista estudos históricos? Não vi na citação nem na bibliografia. E na citação seguinte, quem fala é o Karnal ou o prof. Holien?
No mais, minhas saudações
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ExcluirOlá, Cristina, grato pelas sua colocações. Ao propormos uma reflexão em torno do meio social dos alunos, percebemos que a partir de tal eles começaram a se reconhecerem como sujeitos históricos dentro da comunidade, ou melhor, que eles interpretassem o espaço como patrimônio. Concordo contigo quando falas do conceito de Raymond Williams, de fato, nossa proposta era que eles (alunos) valorizassem o social, ou seja, o fator identitário, a partir de suas percepções, partindo de uma ideia de resinificação também. Na primeira citação é o Roger Chartier, sobre um artigo onde o mesmo fala da cultura popular, na citação seguinte quem fala é o professor Holien Gonçalves, onde o mesmo está numa coletânea organizada pelo Leandro Karnal.
ExcluirCaroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
Grata pela resposta
ExcluirOlá. Carolina e Leandro, escreva-nos mais sobre o processo das escolhas das fotografias para a exposição. O q deixaram de fora e o que ficou... Abraço
ResponderExcluirOi Ivaneide!
ExcluirFoi pensado em um número de fotos por alunos, no caso três fotografias, onde duas seriam expostas, houve contudo uma certa dificuldade no começo, por que alguns dos alunos não tinham celulares e nem seus familiares, então foi preciso juntar e formar grupos, porém mesmo assim alguns alunos não mandaram fotos, entretanto já houve alunos que mandaram muitas fotos. Então a escolha de fotos foi bem mais buscando abranger boa parte das comunidades, e ir excluindo fotos muito parecidas, um exemplo foi do Açude da comunidade, que foi bastante fotografado, foi preciso escolher quais iam ser usadas. No mais as que ficaram de fora realmente era algumas repetidas, mas foi poucas visto que boa parte foi usada na exposição.
Caroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
A fotografia é um dos meios mais perceptivos que um ser humano pode perceber, onde a fotografia acaba-se tornando uma lembrança eternizada. podemos dizer que o aprendizado do aluno se torna melhor quando ele percebe que aquela memoria a qual ele eternizou tanto por foto quanto por memoria é algo importante para o seu ser como pessoa?
ResponderExcluir- Heliane Cristina De Souza Ferreira.
Boa tarde, Heliane Cristina, obrigado por sua colocação. Pensamos muito na proposta de apresentar a História enquanto ciência que busca problematizar a sociedade que o cerca, ao levar o tema proposto no nosso trabalho, pudemos romper com a ideia que patrimônio é algo somente material e longínquo. Ao propormos a atividade da fotografia como mediadora do saber patrimônio se faz crucial no processo de ensino-aprendizado que o aluno abstraia e tome aquilo como importante, pois ele, se reconhece como sujeito histórico que está presente e se reconhecendo como tal. Abraços.
ExcluirCaroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
Olá Caroline e Leandro. Obrigada pelo texto. Fiquei refletindo sobre a oficina de vocês e tentarei adaptar à minha realidade. Dentro da temática de patrimônio e fotografia: vocês pensam em levar essa oficina para o patrimônio imaterial da cidade dos alunos? Vocês citaram a ideia de festividades e costumes, isso foi trabalhado? Se sim, teria como nos descrever um pouco? Obrigada.
ResponderExcluirPaola Rezende Schettert
Olá Paola, nas oficinas com os alunos, comentamos um pouco sobre todos os tipos de patrimônios, apesar deste ser muito amplo, a gente tentou facilitar o entendimento deles adaptando com a realidade deles, e para explicar sobre o imaterial a gente optou colocar sim algumas das festas que acontece na comunidade, como festivos à santos, as cantorias, benzenderas/rezadeiras etc,. Para a exposição, deixamos eles bem livres para escolher o que eles definiam como patrimônio, então podia ser desde o material ao imaterial, houve uma foto de uma festa chamada "Terço-iluminado". Grata pelo comentário.
ExcluirCaroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
Olá
ResponderExcluirMuito interessante o projeto de vocês. Que mudanças foram notadas sobre
a definição dos alunos de patrimônio material e imaterial após concluído o trabalho?
Oi Silvia!
ExcluirFoi um trabalho muito gratificante, por que os alunos não sabiam ao certo o que era patrimônio e mais ainda não acreditavam que na sua comunidade existia o mesmo, as nossas conversas era em torno de desconstruir também o pensamento deles sobre esse distanciamento, de acreditar que somente no Rio de Janeiro que existia patrimônio. Apesar das primeiras conversas nas oficinas, percebemos através das fotos e falas dos alunos que eles se prederam muito ao material, foi preciso conversar mais um pouco, colocando exemplos bem próximo deles, como festivos e etc,. E ao final, na organização da exposição, havia fotos excelentes, sobre diversos ambientes, desde o açude da comunidade ao terço-iluminado de uma das igrejas, podemos perceber pelo resultado destas fotografias, que houve aprendizado e que os alunos conseguiam visualizar patrimônios ali na sua comunidade.
Caroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
Bom trabalho, gostei bastante da ideia do uso da fotografia utilizada. Como vocês sentiram o retorno dos estudantes a cerca do conteúdo exposto? Vocês acham que por eles serem alunos de ensino fundamental e serem bastante curiosos ajudou no sucesso do trabalho? E como foi pra vocês o levantamento de fontes pra utilizar nas oficinas ?
ResponderExcluir(Maria do Carmo Rodrigues do Nascimento)
Boa noite Maria do Carmo, grato por suas inquietações. Ao propor a atividade que culminou nesse trabalho a proposta era fazer com o que os alunos se percebessem enquantos atuantes dentro do processo ensino-aprendizagem, buscamos trabalhar a autonomia deles em busca de deixar eles reflexivos em torno da realidade. O resultado do trabalho foi a exposição, nós percebemos que os alunos envolvidos se sentiram sujeitos históricos, ficamos muito felizes por ter tido esse feedback. Acreditamos que dentro do processo ensino aprendizagem se dá para trabalhar esse projeto, independente de séries, o que mudará será o lado metodológico, bem sabemos que é importante sermos performáticos para driblar as amarras do sistema. A coletagem de fontes se deu de forma minuciosa, pois estávamos trabalhando com crianças do 6º ano, mas fizemos um recorte que ia de encontro do que é História até chegar o conceito de patrimônio.
ExcluirCaroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
Boa tarde! Para aplicar este projeto para o ensino médio, quais seriam as modificações necessárias?
ResponderExcluirOlá Denize tudo bom?!
ExcluirAcredito que a aplicação deste projeto em outras turmas não exista dificuldades, a metologia pode ser a mesma aqui usada, aula como oficinas, começando com conceitos chaves, uma passagem pela história da fotografia, leitura de imagens e ao fim a proposta em torno da cidade/comunidade, lugar de morada dos alunos, e ao fim expôr todas as fotos, vejo que a única mudança seria em pesquisar sobre o lugar a ser feita a oficina, ate para nortear os alunos mostrando os patrimônios que ali existe. Obrigada pelo comentário!
Caroline Souza Silva & Leandeo Nogueira da Silva.
Olá! Eu sou aluna do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal de Campina Grande-PB, e também sou bolsista do programa Residência Pedagógica, o projeto desenvolvido por vocês foi elaborado apenas para ser aplicado na turma do 6° ano, com a execução da oficina, ou foi um projeto planejado para ser desenvolvido por outros residentes em outras turmas?
ResponderExcluirJanete Soares da Costa
Oi Janete tudo bem?!
ExcluirBom a turma do residência pedagógica do curso de história foi divido em 3 grupos,um ficou no ensino médio, e dois no fundamental, a bolsa é ligada ao estágio, e nesse momento estávamos fazendo o estágio de Ação Educativa Patrimonial, a idéia foi fazer projetos em torno do estagio, com isso cada grupo elaborou um, o meu grupo fez este trabalho de exposição, o outro também do fundamental fez uma espécie de cartilha que englobava a história das comunidades, e o do ensino médio, a proposta foi fazer um video com os patrimônios da cidade. Foram 3 propostas, mas todas permeavam pelo tema Patrimônio e todos foram feitos com as participações dos alunos de cada serie. Grata pela pergunta!
Caroline Souza Silva & Leandro Nogueira da Silva.
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ResponderExcluirOlá Carolina! Olá, Leandro!
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho!
“... o trabalho buscava levar os estudantes a um processo ativo de conhecimento e valorização de sua herança cultural na tentativa de fazer com que eles também passassem a conhecer e a preservar os bens, fortalecendo os sentimentos de identidade.”
Acredito que quem participou das oficinas, nunca mais vai esquecer, pois vocês conseguiram mexer com o sentimento de pertença deles e assim, eles não só passaram a conhecer a riqueza que os circunda, como também, passaram a valorizar e, acredito que passarão esses conhecimentos para as gerações futuras. Experiências como está, marcam para a vida toda. Como vocês se sentiram, quando perceberam que a proposta de vocês era motivo de “riqueza” para aquela comunidade?
Obrigada!
Celiana Maria da Silva
Olá Celiana, tudo bem? Grato por sua colocação. Um dos objetivos do nosso trabalho era romper com a ideia de patrimônio ser somente algo material e que o patrimônio estaria longe, com isso, conseguimos acessar a sensibilidade dos alunos, você bem ressaltou. Enquanto discentes de graduação, ficamos muito felizes, pois, mesmo sabendo que o sistema educacional brasileiro é trilhando por diversas amarras, pudemos desenvolver um projeto que alcançasse o que tanto aprendemos na academia, percebemos que despertamos nos alunos a criticidade em torno do meio onde eles vivem. Conseguimos notar esse retorno com a exposição que fizemos enquanto produto.
ExcluirCaroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
Bom dia Caroline e Leandro. Estou desenvolvendo um trabalho muito parecido com o de vocês. Os resultados são muitos positivos, os relatos de experiencias dos estudantes chegam a ser emocionantes. Eu gostaria de saber se o trabalho de vocês vai gerar algum produto? Tipo um catálogo de imagem ou coisa do gênero. Acho interessante e fica como sugestão. Abraços e seu texto me ajudou muito. Ano que vem quero continuar com esse projeto e muitas da parte metodológica apresentada por você eu vou usar. Principalmente o fato onde você orientam que ele fotografem eles nos espaços significativos dentro do espaço escolar, foi excelente.
ResponderExcluirAtt,
Jorge Luis de Medeiros Bezerra/ Antonio Guanacuy Almeida Moura.
Olá Jorge e Antonio. Grato por suas colocações. A exposição que fizemos no espaço escolar foi direcionado como produto. Convidamos a comunidade escolar para visitar o resultado, percebemos que a gestora escolar ficou lisonjeada com o resultado. Mas, pretendemos aperfeiçoar mais o trabalho e levar para outros eventos, para isso podemos fazer o que vocês nos sugeriram, mais uma vez agradecemos por seu comentário.
ExcluirCaroline Souza Silva e Leandro Nogueira da Silva.
Olá, Carolina e Leandro, primeiramente quero parabeniza-los pela ideia do projeto, execução e por compartilharem conosco essa experiência, é gratificante ver que essas ações são levadas para dentro da sala de aula com o intuito de modificar os olhares dos alunos, parabéns. Vocês acham que a escola em questão, pode utilizar o projeto de vocês para trabalhar com outras temáticas? Vocês notaram esse apoio por parte da escola? Vocês acham que a partir dessas fotografias e das experiências desses alunos, o projeto pode se tornar algo maior e ir além da fotografia? Por exemplo, criação de redações ou poesias por parte dos alunos tendo como fonte a fotografia?
ResponderExcluirGrata pelas palavras e pelo texto apresentado por vocês.
Atenciosamente,
Larissa de Assis Oliveira
Olá Larissa, grata pelo comentário!
ResponderExcluirA escola apoiou muito esse projeto, a diretora em um momento de conversa, nos contou que um dos objetivos dela era de aproximar a comunidade com a escola. Infelizmente a nossa exposição por imprevistos não foi aberta ao público da comunidade, por que houve um problema de comunicação e falta de divulgação mesmo da exposição. Com relação ao projeto, a nossa coordenadora de bolsa, planeja fazer um catálogo com os diários de campo, onde colocamos passo a passo, fotos escolhidas e registro de todos os momentos. Mas vejo que há possibilidades de ir além da exposição, como você mesma citou acerca de textos que englobem as fotos utilizadas.
Caroline Souza Silva & Leandeo Nogueira da Silva.